Eu costumo classificar o conceito de Manic Pixie Dream Girl em duas categorias básicas. O primeiro arquétipo é a Penny Lane, que se refere a personagem protagonizada por Kate Hudson em Quase Famosos. Com seu espírito livre e sabedoria característica, essas personagens geralmente não tem muitas similaridades com o protagonista, mas acabam tirando-o de sua zona de conforto. O segundo tipo característico de MPDG e talvez o mais conhecido é a Sam, em referência a personagem de Natalie Portman em Hora de Voltar. Essas protagonistas femininas são apaixonantes com sua fofura e jeito atrapalhado. Sempre com uma visão otimista das coisas, elas acreditam que todas pessoas são legais e que as coisas sempre acabam se ajeitando. Com uma personalidade forte e um pouco de inocência, essas personagens resgatam o protagonista masculino de uma situação de forte depressão onde nada parece dar certo.
cinema
Homem Formiga – Não existe herói pequeno para a Marvel
Depois de mostrar colhões e fazer sucesso com Guardiões da Galáxia, a Marvel já tinha provado que era possível pegar heróis pouco conhecidos para o grande público e surpreender. A nova aposta do estúdio estava no Homem Formiga, que mesmo sendo originalmente um dos fundadores dos Vingadores, nunca tinha conseguido emplacar uma série de sucesso nos quadrinhos. A príncipio a inglória missão de adaptar a história do diminuto super herói era do cultuado Edgar Wright (Scott Pilgrim Contra o Mundo e a Trilogia do Cornetto), mas por diferenças criativas, o diretor abandonou o projeto que desenvolvia a mais de 5 anos. Mesmo com os bastidores conturbados devido a diversas revisões de roteiro e troca de direção, o resultado final é um filme digno de ostentar o selo Marvel de qualidade.
Ex Machina – Sci-fi filosófico onde os homens são os monstros
A criação de formas de vida artificias e os perigos diretamente implicados a essa ação, é um tema recorrente na ficção cientifica. Desde Metrópolis de Fritz Lang, Blade Runner de Ridley Scott até o recentemente contestado Chappie de Neil Blomkamp– um excelente personagem que sem dúvida merecia um filme melhor – esse sub-genêro do sci-fi explora o conflito entre criador e criatura. Ex Machina, longa que marca a estreia de Alex Garland (roteirista de Extermínio) como diretor, é mais um desses longas que exploram essa temática e nos faz refletir sobre a nossa própria natureza.
Divertida Mente – E se os nossos sentimentos tivessem sentimentos?
Devo admitir que nos últimos anos, por mais que a técnica continuasse fantástica, a Pixar não conseguia manter a qualidade de outrora. O cancelamento de Newt e o adiamento de O Bom Dinossauro de agosto de 2014 para novembro de 2015, deixou um vácuo no calendário do estúdio e instaurou um principio de crise. Pela primeira vez desde 2005, passaríamos um ano sem um filme da Pixar nos cinemas.
Se você me conhece ou acompanha esse humilde blog, você provavelmente sabe o quanto eu sou apaixonado pela Pixar e como 2014 foi um ano díficil para mim! A eterna criança que existe em mim – aquela mesmo que sonha em ter uma coleção de HQs do Senhor Incrível e que deseja comer uma fatia de pizza no Pizza Planet – precisava de um filme que resgatasse o espírito do estúdio. Esse filme veio das mãos de Peter Docter (Up – Altas Aventuras) e se chama Divertida Mente. Preparem seus lenços porque são literalmente muitos feels!